Títulos e publicações

Livros publicados

Silêncio do pássaro - poesia
Trevo - Três gerações de poetas - poesia
Roda de personagens - contos e crônicas
Escolhidas - poesias

Miniensaios

As mulheres na vida e na obra de Eça de Queiroz
Fernando Pessoa - O enigma
Mistérios da criação poética
Singularidades de Eça de Queiroz
Machado de Assis - O bruxo do Cosme Velho
Primo Basílio (A histeria de Luísa)
Catarse de Lima Barreto
Gibran Kahlil Gibran - O poeta do amor
Os flanadores
Nas trilhas de Oscar Wilde

533 prêmios em concursos literários

Trabalhos publicados em 74 Antologias Literárias

Palestrante e Conferencista

Membro titular da UBE, ABRAMES, ANLA, ACCLARJ, SOBRAMES, LISAME, UMEAL, EÇA DE QUEIROZ, FORTE DE COPACABANA, CENTRO LITERÁRIO GIBRAN KHALIL GIBRAN

Presidente da Academia Cearense de Ciências, Letras e Artes do RJ





Quem sou eu

Minha foto
Médico Psiquiatra e escritor.

domingo, 29 de maio de 2011

Ato final

Aproxima-se cartada decisiva
que não só de mim depende,
mas da feminina imprevisibilidade.
Tenho andado cheio de dedos,
medindo palavras,
vigiando posturas,
filtrando enredos,
controlando procuras.
Ela desabafou, botou pra fora,
fez-me confidente,
mas , agora,
não sei como se sente.
Preciso aguardar,
sem outra alternativa;
ela irá se libertar?
ou manterá esquiva?
Vou hibernar entre plantões
nos movediços campos do afeto;
ao som de líricas canções,
flutuando em limites do meu teto.


Etapas

Pela vez primeira disseste meu nome.
e progressivamente,
tua linguagem ficou mais solta.
Tomara que
não seja apenas uma reação,
mas um processo
que conduza ao sucesso
coroado de emoção.
Falta tão somente
a cabeça levantares,
na sustentação de olhares,
assim ficares,
e nada...nada mais...


Quimera

Quando se viu
entre paredes do inevitável,
conteve o grito,
amordaçou a dor.
Do silêncio tornou-se cúmplice,
do vazio extraiu calor.
E assim, sobreviveu              
dobrando folhas do outono,
filtrando açoites do inverno.
Abraçou-se à primavera,
que raiou qual quimera,
conluio de pássaros à janela.
Tudo seria tão diferente,
reintegrada ao mundo, novamente,
não mais pejada, aberta a cela.

sábado, 28 de maio de 2011

Estilhaços do cotidiano

Busquei tela que retratasse,
nota musical que definisse,
imagem poética que eternizasse.
Nada,
absolutamente nada,
tudo abaixo, tudo aquém.
Tentei em esforço de memória
reconstruir cada traço,
juntando bocado,
unindo pedaço daquele grego perfil.
Tudo em vão,
então percebi
o motivo, a razão:
dos deuses fora ciúme,
me condenando ao queixume
de saber que ela não está mais aqui.

Peles

         Contato das peles:
desperta, motiva, eriça,
permanece, circula,
penetra, inocula.
Mas é inevitável.
posto que é espontâneo,
e irreversível,
pois é verdadeiro.
Tua pele me queima até agora...

Entre tangentes e secantes

        Não me entrego às paixões,
não me permito emoções,
evito te olhar no olho.
Que tentação no enleio
nas curvas de teu seio
me assusto, me encolho.
Temos órbitas tão distantes,
entre tangentes e secantes
mais e mais se afastam.
Tua  juventude  esplendorosa
que pousou em meu jardim, brotou rosa,
teus embriagadores aromas me devastam.