Quando se viu
entre paredes do inevitável,
conteve o grito,
amordaçou a dor.
Do silêncio tornou-se cúmplice,
do vazio extraiu calor.
E assim, sobreviveu
dobrando folhas do outono,
filtrando açoites do inverno.
Abraçou-se à primavera,
que raiou qual quimera,
conluio de pássaros à janela.
Tudo seria tão diferente,
reintegrada ao mundo, novamente,
não mais pejada, aberta a cela.
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